A marca californiana especializada em roupas para esporte ao ar livre é reflexo de uma paixão comum entre todos que trabalham na Patagonia – esporte e vento fresco no rosto. O sucesso da marca vem da unidade que a mesma conseguiu construir entre funcionários, representantes, clientes, fornecedores e a comunidade, através de uma relação de trabalho em torno de objetivos e valores comuns.
A liderança acredita que ter um propósito e significado é o que dá às pessoas energia, paixão e motivação para sair da cama todos os dias para trabalhar. A conexão pessoal com um propósito organizacional, além de trazer o senso de pertencimento, faz com que caminhem juntos. Como resultado, o trabalho inspirador evita burocracias e egos, liberando o potencial da organização. Na Patagônia não há estrutura organizacional progressista. O valor e a crença em trabalhar para o seu propósito é tão importante para os colaboradores, que todos os outros aspectos parecem secundários.
A missão “fazer o melhor produto, não causar danos desnecessários e usar os negócios para inspirar e implementar soluções para a crise ambiental” não está só em um quadro bonito pendurado na parede. A marca defende uma causa que mobiliza pessoas dentro e fora da organização. A Patagonia é uma forte ativista ambiental e promove diversas campanhas, mobiliza pessoas, inclusive toda sua cadeia de colaboradores, fornecedores até parceiros, em prol do meio ambiente. Depois de conhecer o ativista e agricultor orgânico, Will Allen e fazer um tour por fazendas de algodão na Califórnia e ver que a plantação convencional envolve o uso pesado de químicas que contaminam o solo, a água e o ar, a Patagonia passou a usar 100% algodão orgânico em seus produtos, mesmo que a princípio a decisão refletisse na cadeia de produção, custos e lucro.
A empresa defende a política de redução, reuso, reparo e, por último, a reciclagem, já que o foco é no consumo consciente, uma vez que tudo o que compramos deixa sua emissão de carbono na natureza. E como a Patagonia faz isso? Promovendo uma séria de ações que ajuda o consumidor a entrar nesse movimento pelo planeta. A peça estragou? Não precisa comprar outra, você pode mandar para loja fazer o reparo ou doá-la para reciclagem – a Patagonia extrai as fibras do pano e confecciona novas peças. No site da empresa, o cliente também pode vender ou comprar peças usadas. Tudo para evitar o desperdício, o consumo desnecessário e preservar a nossa vida na Terra.
Mas a consciência vai além do olhar para o cuidado com a natureza. O olhar cuidadoso vem de dentro para fora. Quando Yvon e sua esposa Malinda idealizaram a Patagonia, eles perguntaram para os colaboradores o que mais precisavam e a resposta foi um local para deixar os filhos enquanto trabalhavam. Problema resolvido! A empresa construiu um espaço para crianças, com professores bilíngues e, com isso, tem o orgulho em dizer que, além de proporcionar que os pais fiquem perto de seus filhos, também contam com 100% das mães que voltam da licença maternidade. Isso também garante a equidade de gênero dentro da empresa, onde 50% das mulheres ocupam cargos de liderança e gerência.
Para saber mais: http://www.patagonia.com/home/
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Liderança Sistêmica é um programa modular que se propõe a explorar os modelos organizacionais e sociais emergentes que vêm ao encontro das novas demandas e realidades nascentes. Ao longo dos módulos são apresentados e discutidos de forma dinâmica as novas abordagens empresariais, modelos de organização e evolução dos sistemas sociais e econômicos que vão redefinir a forma como vivemos e trabalhamos.
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Maria Carolina
A graduação em jornalismo rendeu uma estreia e tanto para Carol, que depois de formada conseguiu um estágio na sucursal da TV Globo de Londres. De volta ao Brasil, fez uma longa carreira na editora Abril, onde teve a oportunidade de trabalhar em diversas revistas, como Veja, Claudia, Bons Fluidos, Men’s Health, Estilo, Nova, Boa Forma entre outras. Mas foi sua paixão por pessoas e pela África que a levou a fazer pós-graduação em Gestão Social e especialização no Continente Africano, além de mergulhar nesse mundo através de voluntariados e viagens nada convencionais, como uma temporada na Libéria, por exemplo. O espírito livre, aventureiro e curioso levou Carol a explorar o mundo, outra grande paixão - viagens e diferentes culturas. Depois de passar por uma multinacional cuidando de projetos sociais, no Brasil e em Dubai, ela optou por focar toda a experiência profissional e multicultural, sua energia, paixão pelo próximo e gratidão pela vida, em negócios que façam a diferença nas diversas questões socioambientais que enfrentamos mundo afora.