Nada melhor do que reunir bons amigos e passar uma tarde gostosa batendo papo, trocando ideias, criando juntos...foi exatamente isso que aconteceu em fevereiro. O Sense-Lab teve o prazer de receber em seu espaço parceiros como Claudinho - Favela da Paz, dona Eda Luiz - Cieja Campo Limpo, Buiú – Projeto Viela e André Luiz - TV Doc, pessoas que estão transformando e fazem toda a diferença no território onde atuam.
Reunimos esse time para mais uma roda de conversa sobre o projeto Ondas de Transformação, uma abordagem territorial para o fortalecimento do ecossistema de inovação social. O objetivo inicial do Ondas trouxe a proposta de fazer um mapeamento dos projetos da zona sul de São Paulo e conectar redes para abordar três pontos principais:
1) Entender como fomentar iniciativas de inovação para a mudança social em um determinado território; 2) Como potencializar a sustentabilidade financeira dessas iniciativas;
3) O papel dos diferentes setores - público, privado e social no apoio ao processo de fortalecimento das iniciativas.
Por isso, as rodas de conversa são fundamentais para, juntos, conduzirmos o Ondas de Transformação. O segundo encontro foi pautado pelo vínculo afetivo com a ideia de entender se temos o mesmo propósito, expor o que já foi feito até o momento e ouvir dos parceiros a mais pura percepção de valor sobre o projeto – apresentando o que já foi realizado e construindo, juntos, uma entrega colaborativa e que faça sentido e seja útil para todos.
Durante cerca de quatro horas discutimos pontos como a desigualdade e contrastes que vivemos dentro de uma mesma cidade, problemáticas e desafios diários que as comunidades enfrentam, dores que refletem em barreiras, a importância de relações afetivas, como fortalecer laços e, principalmente, como aprender com as redes periféricas, que são tão fortes e orgânicas.
A proposta do Sense-Lab é que todos aqueles que enxergam valor no Ondas se vejam como cocriadores do projeto. Assim, podemos trabalhar em rede em prol daquilo que acreditamos. Como disse a dona Eda;
“a vida está toda em rede. A rede vem trazer um respiro com novas histórias, amplia visões, ensina, é uma troca de experiências que traz um novo olhar”
Esse encontro também foi um momento para pensarmos juntos formas de tornar visível e acessível muitas coisas que já acontecem no território. A rede vem para fortalecer essa ideia, construindo pontes entre as diversas iniciativas e atores que podem trocar e se ajudar.
Então, por onde começar a construir a rede do Ondas? O grupo chegou ao consenso que é melhor dar passos pequenos e ir por etapas. “Cada um de nós aqui presente hoje pode trazer no próximo encontro uma ou duas pessoas que temos afinidade, começamos a fazer reuniões menores para tornar um fórum maior no futuro”, resumiu dona Eda. Claudinho ainda completou dizendo que este “é um trabalho de reconhecimento de relações”.
O processo é vivo. O Buiú que já faz parte da rede explica o projeto para um amigo que passa a ver valor no Ondas de Transformação, esse conta para mais alguém que também gosta de ideia e assim vai. “Acredito muito na comunicação como alcance e poder de rede dentro e fora das comunidades”, diz André. E o Buiú acrescenta “adoro colocar as pessoas para trocarem e se conhecerem. Ação traz mudanças”!
No final desse dia saímos energizados. Como o André disse “é como segredo de cozinha – juntou coisa boa só pode sair coisa boa”! E que venham os próximos encontros, agora com mais atores querendo colaborar com essa Onda de Transformação!
Maria Carolina
A graduação em jornalismo rendeu uma estreia e tanto para Carol, que depois de formada conseguiu um estágio na sucursal da TV Globo de Londres. De volta ao Brasil, fez uma longa carreira na editora Abril, onde teve a oportunidade de trabalhar em diversas revistas, como Veja, Claudia, Bons Fluidos, Men’s Health, Estilo, Nova, Boa Forma entre outras. Mas foi sua paixão por pessoas e pela África que a levou a fazer pós-graduação em Gestão Social e especialização no Continente Africano, além de mergulhar nesse mundo através de voluntariados e viagens nada convencionais, como uma temporada na Libéria, por exemplo. O espírito livre, aventureiro e curioso levou Carol a explorar o mundo, outra grande paixão - viagens e diferentes culturas. Depois de passar por uma multinacional cuidando de projetos sociais, no Brasil e em Dubai, ela optou por focar toda a experiência profissional e multicultural, sua energia, paixão pelo próximo e gratidão pela vida, em negócios que façam a diferença nas diversas questões socioambientais que enfrentamos mundo afora.
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